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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Foto: https://es.wikipedia.org/

 

 

 

MARÍA ANTONIETA FLORES

 

(Nasceu em Caracas, Venezuela, em 1960-)

Poeta, ensaísta, professora universitária.
Magister em literatura latino-americana.

Cada palavra na sua mão ganha poder de metáfora.
Publicou: "El señor de la muralla" (1991), Canto de cacería (1995), Prêmio de Poesia de La I Bienal de Literatura Augusto Padrón; Presente que no en ausencias (1995), Agar (1996), Criba de Abril (2001), Los trabajos interminables (1998), La desalojada luz de la tarde (1999), Índigo (2001), Limaduras (2005), La voz de mis Hermanas (2005), Regrasaba a las injurias (2009).

 Prêmio Municipal de Literatura com o ensaio  Sophia y mithos de la pasión amorosa (1997).

Participou em 2008 do Festival Literário Internacional da Floresta, no Amazonas.
Transcrevo palavras de Luis Liscano:
"María Antonieta Flores advém à poesia sem sexo e à poesia com sexo, afirmando em seu fabulário, com pleno domínio do fato escritural, a essência da feminilidade entre as luzes do dia e da noite."

 

 

TEXTO EN ESPAÑOL

 

 

 

MORADA ANTIGUA

 

yo vengo de una estirpe de mujeres solas
eficaces
inembargables
derrotadas antes de nacer
por la muerte
siempre guardadas
como semillas que arrastra el viento
entregadas al sacrificio de la vida
sin un futuro ni un presente
sin vástagos que las resguarden
aprendidas en soledad
ellas mismas amamantándose
haciendo de cada día una victoria estéril
mujeres que hablan desde muy lejos
ahogadas en su torpeza y en la bruma del deseo
mujeres solas que arruinaron sus manos
en el oficio duro que le entregaron las prendas blancas
y perdieron sus días entre toses y dolores de pecho
conociendo todo de la pobreza
administrando los silencios y el alimento diario
entrando en las jornadas
con un dolor irremediable
estirpe sin grandes ambiciones
dulces mujeres que amaron sin respuesta
y fueron una tras otra
mano con mano
fundando la cadena del desamparo

 

                              del libro Deletérea (2015).

 

 

 

 

TEXTOS EM PORTUGUÊS

 

MELLO, Thiago de.  Poetas da América de canto castellano.  Seleção, tradução e notas de Thiago de Mallo.  São Paulo: Global, 2011.  495 p.    Ex. bibl. Antonio Miranda

 

 

Tradução de THIAGO DE MELLO:

 

 

Morada antiga

 

Eu venho de uma estirpe de mulheres sozinhas

eficazes

desimpedidas

derrotadas antes de nascer

pela morte

sempre guardadas

como sementes que o vento arrasta

entregues ao sacrifício da vida

sem um futuro nem um presente

sem herdeiros que as resguardem

aprendidas em solidão

elas próprias se alimentando

fazendo de cada dia uma vitória estéril

mulheres que falam de muito longe

afogadas em seu desajeito e na bruma do desejo

mulheres sozinhas que arruinaram as suas mãos

no ofício duro que lhe entregaram as paredes brancas

e perderam os seus dias entre tosses e dores do peito

conhecendo tudo da pobreza

administrando os silêncios e o alimento diário entrando nas jornadas

com uma dor irremediável

estirpe sem grandes ambições

doces mulheres que amaram sem resposta

e foram uma atrás da outra

de mãos dadas

fundando a cadeia do desamaparo

(inédito, 2009)

 

 

 

 

a beleza

 

A beleza fugiu de mim
e tudo se dilui
é o regresso ao olvido
já não sei de mim o nome
a Beleza tem sido esquiva
e burlando me desamparou
sem sequer deixar um rastro
nem de algo que lhe recordara

fugiu quando apenas me roçou
e não há quem me escute
 

 

2

A David

 

e me desses um pouco de silêncio
tão somente
um pouco
e me ouvisses

se escutasses o som dos estilhaços de vidro se

fazendo pó

no meu sangue

se o mais próximo ao rumor

que oculta o desespero

se a brevidade sonora da tristeza fosse perto

e o movimento de minhas folhas

fronda

se me desses um pouco de silêncio
para a maré que se retira
para a dor

o mais duro deste torrão desmoronado

e escutasses

o olhar

e escutasses

o esquecimento

e o amor que seca nas salinas

que anuncia a morte

o rumor da espinha

ao cair

se me desses um pouco de silêncio
talvez eu pudesse repousar
talvez voltar
talvez

se me desses

se um pouco

me desses de silêncio

a carícia lastimosa

a mão que o cabelo toca

das crianças

como a que não desejo mas é grata
tão próximo ao imenso
se me desses um pouco de silêncio
o sussurro.
 

 

 

O G U N

 

As artes dos metais
0 sólido se torna líquido
As altas temperaturas

 

E as armas para a guerra
Os utensílios domésticos
Os brincos e os anéis para o amor

 

Cuidas de ti mesmo

Para meus olhos seguirem teus sentimentos

 

Querendo te alcançar

 

Eu me teci uma túnica
Para me fazer opaca

 

Sigo teus passos como um espectro

 

0 distante joelho que se firma
Implorando clemência
Para os seus

 

0 tecido que se desgasta com a espera
Para que seus fios sejam do vento

 

Um rosto que se esconde atrás do leque
E deposita o amor em celas de cera

 

Uma mulher que perdeu cinco horas de vigília
Escreve

 

Deve-se sempre lavar os metais

 

A faca no solo assinala um rumo

 

 

*

 

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Página publicada em maio de 2021


 

 

 
 
 
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